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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aos 10 anos de idade ajudava a minha avó no crochê, sentavamos lado a lado nas encomendas. Aos 12 comecei a tirar moldes da revista manequim, costurava para as amigas e pra mim, já que eu só ganhava roupa novas no Natal. Me formei em Letras, dei aulas de português, mas voltei para a costura que é o que gosto de fazer. Hoje sou professora de Corte e costura.
Resolvi criar este blog para atualizar e informar a todas as costureiras o quanto esta profissão é importante e o quanto a falta desses profissionais têm preocupado as confecções de todo o Brasil.
No século passado as costureiras eram também donas de casa, sustentavam a família e mantiam filhos em faculdade, e hoje muitos são doutores.
Era uma profissão não muito reconhecida, muito menos valorizada, mas todo mundo tinha uma costureira num cantinho de um bairro.
Com a qualidade diminuida dos tecidos, a valorização da malha e os preços acessíveis das roupas prontas,  elas desapareceram do mercado. Só quem procurava Costureira eram as pessoas que não acertavam com os manequins estabelecidos, vendidos em loja.
Não se fazem mais Javanesa, viscose e popeline como antigamente e as sedas? Ninguém liga mais. Eu acredito muito nos jovens de hoje, estão buscando conhecimento e criatividade para esse velho mercado que está resurgindo de uma maneira mais valorizada, que é o de costureiro. 
 As faculdades de moda estão crescendo e os jovens estão procurando resgatar o passado com modelagens novas, camisas e calças de alfaiataria, recordes, pregas , rendas, nervuras, e tantas outras artes que enfeitavam a moda, que estão em alta hoje.
Eu digo para as minhas alunas que costurar não é fácil quanto parece,mas não é dificil pra quem acredita em si proprio, tem que ter habilidade, senso estético e capacidade de concentração.